quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Com base no guião de trabalho e nos apontamentos registados no caderno de campo, realizámos o seguinte relatório:
Hora de saída da escola: 9h17
Hora de chegada à floresta: 9h 35
O tempo estava frio e seco. O céu estava limpo, com algumas nuvens.
O vento soprava forte.
O terreno e a vegetação encontravam-se molhados pelo temporal da noite anterior.
Usando os sentidos:
Audição
Em silêncio, escutámos os sons da natureza. O único som que conseguimos ouvir foi o do vento forte nas árvores. Não conseguimos ouvir nenhuma ave.Visão
As cores da natureza que podemos identificar foram: azul (no céu e no mar), castanho-escuro ou preto (troncos e terra), Castanho claro e alaranjado (folhas, bugalhos cogumelos, cardo penteador), tons de verde (folhas, musgo e erva), amarelo (flores de tojo e cogumelos).Tacto
Além das texturas diferentes de troncos de árvore que recolhemos (pinheiro e acácia) encontrámos plantas que provocavam diferentes sensações ao tacto: muitas que picavam (cardo penteador, folha do carrasco, caule da silva, tojo), uma muito áspera que se agarra às nossas roupas (amor-de-hortelão), outras macias ou mesmo aveludadas (folha de hera, musgo). Olfacto
Encontrámos algumas plantas aromáticas, com um cheiro muito agradável: a hortelã, o cedro, o eucalipto e a murta.
Outono na floresta
Além das cores das folhas, alguns aspectos característico da estação do Outono que pudemos observar foram: cogumelos, musgo, crocos – que são umas pequenas flores lilases que brotam do chão – e muitos frutos e bagas – na silva, amor-de-hortelão e lentisco.
Ficámos muito admirados porque não havia pilritos nem bolotas por isso pensamos que talvez tenham sido comidos pelos esquilos.
As três plantas que procurámos e observámos foram o carvalho, a violeta e a silva:O carvalho tinha bolotas e bugalhos. As suas poucas folhas estavam castanhas ou amareladas, secas e quebradiças.
A violeta tinha folhas verdes, em forma de coração e não tinha flor.
A silva tinha frutos vermelhos e pretos, as amoras. As suas folhas estavam verde-escuras, com manchas avermelhadas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7uCk1ISQ7Zbql_2ix9J_ioJUjg4kRkqtbsvCtYUEkInxGED-EYVGFz2M5nYvZfxtMzHZsaZGOudmzVuJUKdyRhiAchFHvbuK7Ikh76ZZ72MixdWq9pVyHCmjSAjA7q6hFUDul7j2EgRbh/s400/mapaoutono.jpg)
Finalmente, observámos as diferenças entre um bugalho e uma bolota.
Aprendemos que o bugalho se forma a partir de uma folha do carvalho. Uma vespa injecta-lhe um químico que provoca a sua deformação. Dá origem a um ninho carnudo onde a vespa coloca os ovos. Se os bugalhos estão furados é porque a lagarta já saiu. Se abrirmos os que não estão furados podemos ver os ovos no seu interior.
Quanto à bolota, essa sim é o fruto do carvalho. Aproveitámos para semear num vaso na nossa sala de aula a única que conseguimos recolher. Vamos a ver se irá germinar ou não…
Descobertas importantes
Uma das coisas novas que aprendemos com esta aula de campo foi que os cogumelos não são plantas, mas também não são animais. Eles pertencem a uma família de seres vivos que não conhecíamos: são fungos.
Foi um bocado difícil traduzir esta ideia por palavras porque todos nós pensávamos que os seres vivos ou eram animais ou então plantas.
Também pensávamos que os cogumelos eram plantas porque eles nunca saem do mesmo lugar. Então resolvemos fazer um desenho para arrumar melhor as ideias. Ficámos tão entusiasmados com o resultado que só parámos quando o quadro acabou e apetecia-nos continuar pela parede fora.
Ficou mais ou menos assim:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbgWPJoHalUU05J63Rs3rdAlHc-SUH5oGOOQKdVVG34RHrrSgmVRKFh5OB8jeZxZ8E3TY2STICGzN1lJqziKZvlypCMYp5bgPTiTzhpHSxcp3979tqhT4rwCBprfMOGN_wAP1bTJXoo4yg/s400/Digitalizar0006.jpg)