Primavera: Regresso à Serra da Boa Viagem

quarta-feira, 3 de junho de 2009

No dia 19 de Maio, a nossa turma voltou aos trilhos pedagógicos da Serra da Boa Viagem. Partimos às 14h:15m da Escola e dirigimo-nos ao autocarro para iniciarmos a nossa viagem. Íamos com duas missões, observar a Natureza e plantar o nosso carvalho carrasco, que cresceu bastante desde o mês de Outubro, data em que trouxemos uma bolota da Serra e a colocamos num vaso na sala de aula.


Com os cuidados que fomos tendo ao longo destes meses, a bolota transformou-se num lindo carvalho carrasco.
Agora era altura de ele regressar ao local de onde veio. Quando chegámos à floresta, vimos as diferenças que aconteceram na Natureza, do Outono para a Primavera.
Fomos para debaixo do carvalho onde tínhamos escutado os sons da natureza no Outono. Nessa altura tinha poucas folhas castanhas e quebradiças e agora estava cheio de folhinhas tenras e verdinhas. Primeiro fizemos silêncio e fechámos os olhos: ouvimos o som do vento fraco e o chilrear dos passarinhos, que se encontravam no alto das árvores.
O passeio continuou e vimos um local propício para plantar o nosso carvalho. O Pedro e a Ana, com a ajuda da professora Isabel, começaram a escavar um buraco para plantarmos o carvalho. Com muito cuidado retiraram-no do vaso onde tinha germinado e crescido na nossa sala de aula. Vimos a raiz que ainda tinha agarrada uma parte da bolota de onde nasceu o carrasco.

Colocaram-no no buraco, aconchegaram com terra e a professora Paula regou-o com um pouco de água. Assinalámos com um pau esta pequena árvore para sabermos onde ela está. Vamos visitá-la muitas vezes para vermos como se desenvolve. De repente ouvimos o Alexandre a dizer que viu um esquilo, olhamos na sua direcção mas não vimos esquilo nenhum. Vimos sim, uma pinha roída que o nosso colega afirma, ser a pinha que o esquilo estava a roer.
Nesta estação do ano vimos muitos insectos: abelhas, borboletas, joaninhas e outros de que não sabemos o nome.
Também vimos flores de todas as cores e os nossos conhecidos: Pilriteiro, Salsaparrilha, Amor-de-hortelão, Silva, … Todos tinham folhinhas novas, alguns estavam em flor e já não tinham fruto como no Outono.
Encontrámos uma planta chamada alho que era muito engraçada porque a flor cheirava bem e a raiz cheirava a cebola.
Fizemos muita coisa em pouco tempo porque tínhamos que respeitar o horário do autocarro, mas ainda dissemos adeus ao nosso carrasco.
Apesar de ter sido uma pequena viagem, aprendemos muito e divertimo-nos imenso!

A vida no tempo de Garcia da Orta

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Uma aula sobre a Inquisição

No dia 25 de Março, à tarde, fomos à Escola Infante D. Pedro, sede do nosso Agrupamento. Fomos lá para ter uma aula sobre a Inquisição que os alunos do 8ºA e a professora Sónia Gariso prepararam para nós.


Primeiro contaram a história do cão mal desenhado que não era como os cães normais. A seguir conversaram connosco sobre essa história para nos explicarem que todos têm direito a ser diferentes e devem ser respeitados por isso.

Aprendemos o que era a Inquisição que era um tribunal onde as pessoas que eram judeus tinham que negar tudo em que acreditavam.
As pessoas que lá fossem não podiam dizer o contrário, por exemplo se eles diziam que o Sol gira à volta da Terra todos tinham que dizer que sim. Se não eram torturados com máquinas de tortura tais como: cadeira de pregos, esmaga joelhos, a múmia e também podiam ser queimados em público para servir de exemplo aos outros.

Além disso também aprendemos o que é o clero: padres, frades, bispos, arcebispos…

A seguir leram-nos um lindo poema sobre a liberdade que é o que temos agora e não havia no século dezasseis. Entregaram-nos uma folha com informações sobre o que nos tinham ensinado e pediram que escrevêssemos nela o que é para nós a liberdade. Todos deram a sua opinião e alguns leram-na em voz alta.

No final ainda nos ofereceram um belo lanche surpresa.

FOI MUITO FIXE!
OBRIGADA 8º A E PROFESSORA SÓNIA!

Lígia, Daniela, Ricardo Matilde, Tiago, Inês Brás, Ana Sofia

Este é o folheto que os colegas do 8ºA e a Professora Sónia prepararam para nós:

Aqui ficam as nossas respostas:

Para mim a Liberdade…

“… é estar sozinha, é estar em paz” (Inês Brás)
“… é quando estou a jogar futebol” (António)
“… é dizer o que nós pensamos e brincarmos à vontade” (Alexandre)
“… é um guarda sol em que cai chuva” (Diogo)
“… é as cores da Primavera que anda na rua” (Tiago)
“… é não ter ninguém a perseguir-nos” (Daniela)
“… é viver em paz” (Mariana)
“… é estar sozinha” (Joana)
“… é uma coisa importante no Mundo porque sem ela sofremos” (Marcelo)
“… é poder dizer aquilo que penso e ter uma religião diferente” (Emanuel)
“… é muito bonito, é nós podermos brincar” (Lígia)
“… é poder fazer ou andar por onde quizermos” (Ricardo)
“… é paz” (Matilde)
“… é um dia cheio de sol” (Catarina)
“… é andar a voar por todo o lado sem que alguém nos mande para casa” (Ana)
“… é poder pensar e brincar sem nos dizerem que não devemos” (Inês Afonso)
“… é quando ninguém anda atrás de nós” (Pedro)
“… é ter muito sossego e paz” (João)

Colóquio da Canela

quarta-feira, 6 de maio de 2009

No dia 11 de Fevereiro de 2009, conhecemos pela primeira vez os textos de Garcia da Orta.

A professora distribuiu uma fotocópia do Colóquio Décimo Quinto que fala sobre a Canela.
Em grupo, tentámos decifrar o que lá estava escrito. Primeiro não percebemos nada porque estava escrito em Português antigo, mas quando tentámos ler em voz alta já começámos a compreender.
O livro de Garcia da Orta não era ilustrado, por isso ele descrevia as plantas comparando-as com outras que eram conhecidas explicando tudo por palavras.
No caso do colóquio da canela, comparava a árvore com a oliveira, as folhas com as do loureiro, os frutos com os murtinhos e as avelãs, a casca com a cortiça.
Os grupos observaram ao vivo todas essas coisas que já conheciam e tentaram desenhar a árvore da canela com base na descrição do nosso cientista.

A seguir, procuraram as imagens reais da caneleira na Internet e verificaram que os seus desenhos até ficaram bastante parecidos.
Isto quer dizer que aquilo que Garcia da Orta observou e registou conseguiu viajar através do tempo e as imagens que as suas palavras conseguiram criar na nossa imaginação eram muito reais.


O próximo trabalho foi cada grupo tentar legendar com frases do texto do colóquio as imagens tiradas da Internet.


Ficámos a saber que no séc. XVI as plantas ainda não tinham nomes científicos. Cada região dava-lhes um nome diferente. Garcia da Orta registou também todos os nomes por que a canela era conhecida como podemos ver no título do colóquio XV que se chama: “da Canela e da Cassia Lignea, e do Cinamomo que tudo he huma cousa”.

Este trabalho foi muito importante para as pessoas saberem do que estavam a falar e se entenderem.

Seguidamente, os grupos fizeram um exercício de ortografia, tentando traduzir o português antigo do colóquio da canela para português actual.

Cada um viu, cheirou e provou a canela. A professora ofereceu um pau de canela para levar para casa.

Finalmente, a turma dividiu-se em dois grupos que iriam investigar os seguintes temas:

1- Procurar informações sobre as propriedades da canela e suas diferentes aplicações. 2- A canela e as tradições do Arroz Doce em Buarcos.





 
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